Cone de Poder é o nome dado, na religião Wicca, à energia mágica evocada por um indivíduo ou um coven (durante um ritual e/ou feitiço) e liberada em direção a algo ou alguém, para realizar certo objetivo por meio da magia.
Por que cone? Por que o cone dentre tantas figuras geométricas?
Simplesmente pelo fato de a base do ritual wiccano (quer seja individual ou em um coven) ser um círculo.
Assim, ao fim de um ritual e/ou feitiço, a energia gerada no mesmo é concentrada (através da visualização) em um ponto acima do local, para só depois, ser lançada ao seu objetivo.
Foi exatamente por causa desse conhecimento, e como símbolo da elevação do cone de poder, que o "chapéu da bruxa" tem formato cônico.
Uma origem simbólica: a verdade originando as lendas.
Cabe aqui uma observação que é interessante ressaltar. É que na magia utilizada pelos praticantes da religião Wicca, não existe qualquer chance de que alguém saia prejudicado, pois no ritual de iniciação, o iniciado aceita que sobre si reine a máxima Lei Wicca:
"Faça o que desejar, sem a ninguém prejudicar".
Elevar o Cone do Poder
"A magia", diz o sumo sacerdote Arthen, "está se unindo às forças psíquicas para promover mudanças." Parte do treinamento de um feiticeiro, ele observa, é aprender a usar a energia psíquica e uma técnica primária com esse objetivo, um ritual praticado em quase todos os encontros é o de elevação do cone do poder. Como a maioria das atividades, isso acontece no centro de um circulo mágico. "Especialmente no caso deste ritual", diz Arthen, "o circulo mágico é visualizado não apenas como um circulo, mas como um domo, uma bolha de energia psiquica - uma maneira de conter o poder antes de começar a usá-Ia."
Ao tentar gerar energia para formar o cone do poder, os bruxos recorrem à dança, à meditação e aos cànticos. Para "moldar" o poder que afirmam produzir, reúnem-se em torno do circulo mágico, estiram os braços em direção à terra e gradualmente os levantam em direção a um ponto focal acima do centro do circulo. Quando o lider da assembléia sente que a energia atingiu seu ápice, ordena aos membros: "Enviem-na agora!" Então, todos visualizam aquela energia assumindo a forma de um cone que deixa o círculo e viaja até um destino previamente determinado.
O alvo do cone pode ser alguém doente ou outro membro do grupo que necessite de assistência em seu trabalho mágico. Mas seu destino também pode estar menos delimitado. Como a prática da feitiçaria está profundamente vinculada à natureza, o cone do poder pode ser enviado, diz Arthen, "para ajudar a superar as crises ambientais que atravessamos".
Capturar a Energia da Lua
Os praticantes da Wicca identificam a lua, eternamente mutante - crescente, cheia e minguante - , com sua grande deusa em suas diversas facetas: donzela, mãe e velha. E por isso que a cerimônia destinada a canalizar para a terra os poderes mágicos da lua está na essência do culto à deusa, sendo um rito chave na liturgia da Wicca.
Quando se encontram para um dos doze ou treze esbás do ano, que são as celebraçôes da lua cheia, os membros da Fraternidade de Athanor reúnem-se em um circulo mágico para direcionar suas energias psíquicas através de seu sumo sacerdote e para sua suma sacerdotisa. Acreditam que a concentração de energia ajudará a sacerdotisa a "atrair a lua para dentro de si" e transformar-se em uma corporificação da deusa. "Geralmente, a época da lua cheia é sempre repleta de muita tensão psiquica", explica Arthen, o sumo sacerdote.
Esse ritual tenta utilizar essa tensão. "Ele ajuda a sacerdotisa a entrar em um transe profundo, no qual terá visões ou dirá palavras que geralmente são relevantes para as pessoas da assembléia". As taças nas mãos da sacerdotisa contêm água, o elemento que simboliza a lua e é governado por ela. Os membros dizem que essa água se torna "psiquicamente energizada" com o poder que a trespassa. Cada feiticeiro deve beber um pouco dela ao término do ritual, na cerimônia que o sumo sacerdote Arthen chama de sacramento.
Muitos grupos realizam essa cerimônia de atrair a lua em outras fases, além da lua cheia. Tentam conectar o poder da lua crescente para promover o crescimento pessoal e começo de novas empreitadas e conectam com a minguante, ou lua negra, para selar os finais de coisas que devem ter um fim. A maioria dos grupos considera a cerimõnia como uma maneira de honrar a Grande Deusa, mas muitos abdicam dos rituais, resumindo-se simplesmente a deter-se por um momento quando a lua está cheia, para meditar sobre a divindade Wicca.
Sem comentários:
Enviar um comentário