sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Magia das lareira
Há muito que a lareira é associada com a magia, a superstição e o oculto. Para os romanos e gregos, ela era um templo humilde, terreno, onde habitavam deuses e deusas domésticos. Para homenagear essas deidades, eles mantinham as lareiras acesas com fogos sagrados, que queimavam noite e dia.
Com o passar dos séculos, fadas, espíritos e duendes tomaram o lugar das antigas deidades. Incontáveis superstições e fantásticas lendas folclóricas sobre a lareira e seus habitantes estranhos, sobrenaturais, surgiram e passaram de geração em geração.
Numa certa época, muita gente acreditava que havia espíritos benéficos que habitavam na lareira e protegiam a casa e seus ocupantes dos ladrões, espíritos maléficos e feitiçaria. Ao mudar de um lugar para outro, a família sempre levava consigo o espírito da casa para garantir sorte e proteção contínua. Para isso, tiravam um tição da lareira da antiga moradia e o usavam para acender o fogo da lareira da nova casa. A palavra "housewarming" origina-se desse antigo costume oculto.
A lareira sempre foi considerada um lugar muito mágico por Bruxas e magos, pois é lá que os caldeirões cheios de ingredientes místicos fervem e borbulham, feitiços são lançados, espíritos do fogo são invocados, adivinhações têm lugar e augúrios do fogo, da fumaça e das cinzas são interpretados.
As seguintes plantas eram tradicionalmente queimadas nas lareiras das Bruxas para tornar a casa perfumada, para lançar feitiços de cura e para afastar negatividade e doenças: raiz de angélica, anis, cravos (a especiaria), coentro, língua-de-veado [Frasera speciosa], raiz de sempre-verde, lavanda, verbena limão, botões de lilás, folhas e galhos de carvalho, raiz de lírio, alecrim, pétalas de rosa, hipericão, violetas e gualtéria.
Desde os tempos mais remotos até o presente, as seguintes ervas e incensos mágicos têm sido queimados em lareiras para repelir fantasmas, demônios e males: angélica, manjericão, louro, trevo, cravos (a especiaria), endro, sangue de drago, samambaia, frankincense, alho, marroio-branco, zimbro, lilás, malva, raiz de mandrágora, cravo-de-defunto, hortelã, visco, artemísia, raiz de peônia, arruda, sândalo, selo-de-salomão, hipericão, cardo, verbena e milefólio.
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