Bem vindo sejas!

Não tenham má intenção,
E muito menos leviendade,

Pois nestes textos não verá,
O inquestionável poder da verdade.

O que me desejares o triplo te desejo,
Esta é minha vontade,pois assim será,
Espalhar o amor da Deusa ensejo,
E tudo assim acontecerá.


Abençoados sejam
Que os seres de luz vos acompanhem

segunda-feira, 19 de março de 2012

A magia da imagem




A magia de imagens surge como visões de desdenhosos bonecos de vodu repletos de alfinetes pretos. Temos que "agradecer" à mídia e a um século de propaganda fundamentalista por isso...


O tão famoso "boneco de vodu", que nem é ligado apenas àquela religião tão incompreendida nem tampouco é necessariamente um boneco, tem suas origens na magia de imagens, a qual é bem conhecida por todos os sistemas mágicos desde o início da história registrada.


Por toda a parte, foram feitas imagens – de diversos tipos de madeira, argila, chumbo, ouro e prata; gravadas em grandes folhas, cascas de árvore, peles de animais; moldadas em limões, cebolas, maçãs, ovos, nabos, castanhas, cocos, limas, batatas e a famigeradas da raiz de mandrágora.


Algumas vezes, a imagem era esculpida em grande detalhe, até mesmo as tranças do cabelo. Em outras, era uma rústica representação esculpida em superfícies planas, como as cascas de frutas, cascas de árvore ou mesmo na própria terra, rabiscada com as pontas dos dedos ou com bastões na areia.


Sejam quais forem as substâncias, ou os encantamentos, as imagens permanecem sendo um dos objetos mais utilizados na história da magia.


Hoje, após quase cinco mil anos de uso contínuo de uma técnica que remete a um período no qual vivíamos em cavernas, ainda carrega uma infundada reputação maligna.


Certo, a magia de imagens foi utilizada para propósitos negativos, mas do mesmo modo quase todos os outros tipos de magia também o foram. Sua contribuição mais útil às artes da magia foi permitir a nós que tivéssemos uma planta, um diagrama de nós mesmo ou daqueles para os quais queremos praticar magia.


A imagem realmente não se torna a pessoa representada; nenhuma imagem é batizada ou recebe o sopro da vida, como nos trabalhos mais obscuros.


As figuras ou imagens servem apenas como uma planta com a qual planejamos e geramos nosso futuro, sempre visando melhores condições.


Livros de magia que lotam as prateleiras de lojas de ocultismo atualmente estão repletos de magia com imagens, geralmente destinada a causar tortura ou morte, e os próprios bonecos podem ser normalmente adquiridos, pelo correio, com os alfinetes inclusos!


Mas nada disso será discutido aqui. Em vez disso, exploraremos os aspectos mais humanos, e os encantamentos – que são todos simples – são aqueles que vibram amor e cura, proteção e bênção.


Enquanto se supõe que a magia de imagens seja praticada com bonecos, velas com formatos ou recortes de papel, os três primeiros encantamentos aqui descritos funcionam melhor com um prato raso de terra úmida recentemente coletada. Antes de utilizar a terra, remova quaisquer pedras, ramos e outras impurezas.


Espalhe a terra úmida ou areia num prato redondo com cerca de 2,5 cm de profundidade. O prato deve ter preferencialmente 24 cm de diâmetro para se suficientemente espaçoso.


Esta será a "tela" sobre a qual desenhará sua imagem.


Seu instrumento de "escrita" será um ramo rígido, ou talvez um lápis apontado. Há milhares de anos utilizava-se um estilete e argila.


Se a terra estiver seca demais, pode-se acrescentar um pouco de água. Se for impossível obter terra limpa, recolha um pouco de areia (ou compre um pouco) e molhe até que se "ajuste", ou seja, até que mantenha um desenho nela feito.


Esses preparativos devem ser repetidos para cada magia de imagens que pratique. Devolva a terra utilizada após um encantamento feito a ela.


Obviamente, se puder praticar estes encantamentos no solo, os resultados serão ainda melhores, uma vez que este era o modo original. Os encantamentos serão levemente modificados, mas, uma vez mais, valem a pena.

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